OPINIÃO | Apenas vilãs deixam a desejar no conjunto da obra de Segundo Sol
Por enquanto, Segundo Sol não é oito nem oitenta na trajetória artística de seu autor João Emanuel Carneiro. A atual trama das 21h da Globo, superou problemáticas de A Regra do Jogo, mas não tem alcançado nem vislumbra chegar à glória de Avenida Brasil, mesmo não sendo esse o objetivo. Nesse sentido, com um roteiro […]


Laureta (Adriana Esteves) e Karola (Deborah Secco) em Segundo Sol (Foto: Reprodução/Globo)
Por enquanto, Segundo Sol não é oito nem oitenta na trajetória artística de seu autor João Emanuel Carneiro. A atual trama das 21h da Globo, superou problemáticas de A Regra do Jogo, mas não tem alcançado nem vislumbra chegar à glória de Avenida Brasil, mesmo não sendo esse o objetivo. Nesse sentido, com um roteiro atrativo e uma gama de ótimas atuações, Segundo Sol só tem deixado a desejar com suas principais vilãs.
O folhetim tem apresentado um texto não tão original em alguns aspectos, mas sem dúvidas, muito bem amarrado e cheio de reviravoltas, que o torna atrativo ao público. Ao contrário de muitos autores, João Emanuel conseguiu construir todos os núcleos interessantes, com pequenas oscilações negativas (vide Doralice/Roberta Rodrigues). Isto é algo bem incomum, haja vista que muitas novelas penam com vários núcleos insossos. Além disso, ressalta-se a agilidade dos acontecimentos. Só a título de exemplificações, mencionam-se a descoberta da sexualidade de Maura (Nanda Costa) pelos pais Nice (Kelzy Ecard) e Agenor (Roberto Bonfim) e a descoberta de que Ariella é Luzia (Giovanna Antonelli) pelos filhos Manuela (Luisa Arraes) e Ícaro (Chay Suede).