Merchandising
Fala-se muito por aí que a rede Globo proíbe seus jornalistas e funcionários de fazer “merchan” em seus programas. Muitos acham que é certo, e outros acreditam que isso é fazer com que eles não ganhem dinheiro (mas será que eles precisam de mais dinheiro?). Quero expor aqui a minha opinião sobre o tema e […]

Fala-se muito por aí que a rede Globo proíbe seus jornalistas e funcionários de fazer “merchan” em seus programas. Muitos acham que é certo, e outros acreditam que isso é fazer com que eles não ganhem dinheiro (mas será que eles precisam de mais dinheiro?). Quero expor aqui a minha opinião sobre o tema e peço que vocês reflitam um pouco sobre o assunto.
Certo dia estava assistindo a um vídeo que falava sobre como os estrangeiros viam a nossa televisão. Sei que talvez vocês achem que isso já faz tempo, mas leia atentamente o que vou falar. A apresentadora britânica foi convidada para assistir a um programa policial chamado “Na Mira”, exibido na Bahia pela TV Aratu, filiada do SBT. A apresentadora do programa “Na Mira” começou a noticiar e colocar as reportagem no ar (morte, roubos, sequestros, etc). De repente o programa mudou o assunto e começou a fazer “merchan” de produtos para emagrecer e afins. A jornalista britânica ficou assustada e lançou uma frase que me inspirou a escrever toda essa crítica: “Como um programa noticiando crimes assustadores e mortes pode, de uma hora para outra, falar de produtos para emagrecer?”.
Minha crítica não é tanto por causa desse sensacionalismo barato para conseguir audiência, mas sim pela falta de ética com que a informação é passada aos telespectadores. Muitos jornalistas e apresentadores adotam essa técnica para faturar. Mas será que não seria melhor deixá-la para o comercial, para o começo ou fim da atração? Será que é preciso mostrar produtos, independentemente do tipo que for, no meio de uma notícia que falará de morte ou assassinato? Digam-me: será que a rede Globo tem feito errado em proibir seus jornalistas?
Fica a pergunta, caro leitor: Combina?